INDÚSTRIA DEF. DE INTERESSES ECONOMIA
10/01/2022 - 16:42

Veto ao programa de renegociação de dívidas para micro e pequenas empresas ameaça empregos na Bahia

POR: FIEB

Projeto permitiria renegociação de dívidas para pequenas empresas enquadradas nos regimes Simples Nacional e Microempreendedor Individual (MEI). Foto: Shutterstock


Aprovado na Câmara dos Deputados em dezembro, o Projeto de Lei Complementar 46/21, do Senado, que previa a criação de um programa de renegociação de dívidas para micro e pequenas empresas, foi vetado integralmente pelo governo federal. O Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (RELP) permitiria a renegociação de dívidas para pequenas empresas enquadradas nos regimes Simples Nacional e Microempreendedor Individual (MEI).

Em nota técnicaa Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) se posicionou contrária ao veto, uma vez que muitas empresas ainda enfrentam os efeitos negativos provocados pela pandemia de Covid-19 na atividade econômica. A instituição aguarda uma solução alternativa para a questão, conforme foi sinalizado pelo governo federal.

No documento, a FIEB projeta possíveis cenários dos impactos do veto ao PLP sobre as empresas no estado. Em um cenário com alcance de 20% das empresas optantes pelo Simples Nacional, o número de empresas atingidas superaria 21 mil, o que colocaria em risco mais de 97 mil empregos diretos. Considerando somente as empresas do setor industrial, 2,2 mil empresas seriam impactadas neste cenário, o que ameaçaria mais de 15 mil empregos diretos.

Em um cenário de baixo impacto, com alcance de 5% das empresas baianas optantes pelo Simples Nacional, quase 5,5 mil empresas e cerca de 24 mil empregos seriam atingidos em todo estado. Considerando apenas o setor industrial, 564 empresas e 3,7 mil empregos seriam afetados.